As câmeras Canon têm a tecnologia mais recente para fazer a melhor exposição da sua foto automaticamente, mas é no modo manual que você pode sair do óbvio e impressionar com uma foto realmente criativa.
As câmeras Canon têm a tecnologia mais recente para fazer a melhor exposição da sua foto automaticamente, mas é no modo manual que você pode sair do óbvio e impressionar com uma foto realmente criativa.
A fotometria (medição de luz) da foto é o que determina a claridade da imagem, seja ela a correta, quando o fotômetro está centralizado, subexposta (mais escura) ou superexposta (mais clara).
O tema pode parecer complexo à primeira vista, mas são apenas três configurações da câmera que interferem na exposição. O ISO, o obturador e o diafragma podem deixar a foto mais escura ou mais clara, mas cada um tem suas limitações. Saber balancear os três de acordo com a situação é o segredo dos bons fotógrafos.
O ISO determina a sensibilidade do sensor da câmera à luz. Quanto maior a sensibilidade, maior será a capacidade da câmera de captar luminosidade. Porém , note que ao usar um ISO alto você terá mais ruído na sua imagem. Se quiser uma imagem completamente nítida, você precisará usar um ISO baixo e compensar no obturador e no diafragma para conseguir a exposição correta.
Com um ISO baixo, as flores ficam definidas e o ruído é quase zero. Ideal para situações em que as cores são o mais importante da foto.
1/160 seg f/5 ISO 640 Canon EOS 6D / EF 50mm f/1.8 II
Também conhecido como cortina, o obturador é onde você define o tempo que a foto levará para ser captada. Quanto maior o tempo de abertura dessa cortina, mais luz entrará e a sua imagem se tornará mais clara. Todavia , ao trabalhar com velocidades mais lentas é provável que sua imagem saia tremida devido à instabilidade das mãos ou o movimento do assunto fotografado. Para se fotografar pessoas paradas, por exemplo, é indicado uma velocidade mínima de 1/80 avos de segundo.
Na foto abaixo, em que o objetivo era congelar um soco de um lutador profissional, foi necessário o uso de uma velocidade muito rápida. Essa redução da entrada de luz precisou ser compensada aumentando o ISO e abrindo o diafragma para atingir uma exposição ideal.
1/400 seg f/4 ISO800 Canon EOS 7D / EF 70-200mm f/2.8L USM
O terceiro elemento determinante na exposição chama-se diafragma e fica situado na lente, ou seja, cada modelo tem uma abertura mínima diferente. Quanto maior for o número do diafragma, menor será o orifício pelo qual a luz passará para chegar até o sensor da câmera. Um diafragma f/2.8, por exemplo, permite mais entrada de luz do que um f/4. Contudo , quanto maior for essa entrada de luz, menor será a profundidade de campo na sua imagem, desfocando o plano de fundo.
Se você quiser tudo em foco, precisará fechar bem o diafragma e compensar a exposição no ISO e no obturador. Repare como o foco está presente nos arbustos da frente até o horizonte:
1/250 seg f/11 ISO 200 Canon EOS 6D / EF 16-35mm f/2.8 L II USM
Mas como saber se a exposição está correta antes de fazer a foto? Para isso serve o fotômetro, aquela régua que fica logo abaixo da imagem no visor ocular.
Fotômetro
Quando o indicador está no centro, significa que a imagem está exposta corretamente, se está à esquerda é porque está escura, e se está à direita é porque está muito clara. Mas como ele sabe qual a exposição certa?
Para aumentar a precisão do fotômetro, é preciso calibrar esse medidor de luz de acordo com o tipo da foto. Os modos de medição são matricial, parcial, pontual e ponderado.
O modo matricial , que leva em consideração toda a imagem, é propício para quando todas as áreas da foto devem ficar em equilíbrio de luminosidade.
Repare como o modo matricial funcionou bem na foto abaixo sem grandes diferenças de luminosidade. Tudo aparece balanceado.
1/60 seg f/4 ISO 800 Canon EOS 6D / EF 50mm f/1.8 II
A medição parcial é ideal para quando apenas a área central deve ser analisada na fotometria, deixando as extremidades da foto subexpostas ou superexpostas.
Na imagem abaixo o céu aparece superexposto, mas, na área central – onde está o assunto da foto –, a exposição está correta.
1/125 seg em f/8 ISO 125 Canon EOS 6D / EF 16-35mm f/2.8L II USM
Medição pontual é quando apenas uma pequena área no centro da imagem é avaliada para a fotometria. Ideal para situações como a da foto abaixo, quando há um pequeno ponto de interesse e o restante da foto pode ficar com o fundo claro ou escuro. No caso de o objeto não estar no centro, deve-se fazer a medição com ele centralizado e depois disso deslocá-lo para a posição desejada.
A maior parte da imagem está subexposta, mas o soldador está com a iluminação ideal.
1/160 seg f/3.2 ISO 200 Canon EOS 7D / EF 50mm f/1.8 II
O modo ponderado com realce na área central é o intermediário entre as medições matricial e parcial. Indicado para quando o assunto no centro da imagem é o mais importante mas as extremidades não podem ficar muito mais escuras ou claras.
Veja como o céu à esquerda não está totalmente superexposto, o que aconteceria se o modo parcial tivesse sido usado. Veja também como a árvore (que está na contraluz) não está escura, para que esse céu apareça. Esse meio-termo é a mágica desse método de medição.
1/320 seg f/3.5 ISO100 Canon EOS 6D / EF 16-35mm f2.8L II
Agora você já domina o fotômetro e está pronto para treinar seu olhar com fotos criativas. Lembre-se de que, ao fotografar no formato RAW em vez de JPG, você tem a opção de alterar a exposição da foto para mais clara ou escura quando a estiver editando no seu programa preferido. Isso costuma reverter a maioria dos erros leves de exposição e lhe permite decidir com mais calma qual a claridade ideal para a sua foto.
Para continuar treinando, acesse o Simulador do Canon College !